18 de fevereiro de 2017

Bê-a-bá das finanças

Um dos principais motivos pelo qual a humanidade até hoje não conseguiu entender o motivo da nossa existência é porque nossa mente não consegue compreender a ideia de que algo sempre existiu. Para nós, tudo tem um começo. Nossas vidas e tudo que vemos tem um começo e um fim. Somos tão obcecados com esse conceito que arbitrariamente estipulamos que estrelas nascem e morrem, e que um dia o Big Bang deu vida ao universo, ou até mesmo que lá atrás Deus criou o universo em sete dias, incluindo Adão, Eva e todo o resto da existência.

Alguém é capaz de refutar de maneira absoluta algum desses pontos? Não! Tudo é possível. O fato de não termos a mínima ideia do que está acontecendo ao nosso redor abre infinitas possibilidades e as especulações tomam proporções engraçadas. Para evitar vergonha e sofrimento, não se apegue muito as "verdades" que são baseadas em conceitos que não compreendemos completamente.

Homer, um dos maiores poetas da humanidade, com uma imaginação extremamente poderosa, se limitou a crer que a Terra era um disco achatado. Aristóteles, um dos maiores cientistas da nossa história, propagava o modelo geocêntrico, onde o planeta Terra seria o centro do universo. Alguns anos depois, Galileo foi perseguido pela Igreja Católica por refutar o geocentrismo e defender a teoria de que a Terra não era o centro do universo, sendo apenas um planeta movendo ao redor de apenas uma estrela.

O atual conhecimento humano sobre o contexto em que existimos providencia inúmeros detalhes que nos ajudam a entender e explicar as engrenagens que giram ao nosso redor. Mas ainda assim não conseguimos responder as três perguntas básicas da existência:
1- Como tudo originou?
2- Por que estamos aqui?
3- O que acontece após a morte?

Não entendemos nada



Se não é possível entender o básico, de que adianta perder tempo tentando entender o restante? Ao não compreender o básico, será altamente provável que as infinitas teorias e explicações subsequentes serão baseadas em conceitos completamente errôneos, totalmente distantes da realidade.

Esse mesmo raciocínio se aplica às finanças pessoais. Não adianta entender todas as minuciosidades das rendas fixa e variável, alocação de portfólio, mercado imobiliário, etc, sendo que a real função do dinheiro não foi analisada e entendida. Não faz sentido ler diversos livros técnicos e seguir estratégias de "especialistas", sendo que o básico de ganhar e gastar dinheiro ainda não foi dominado.

Torna-se necessário, antes de tudo, rever o básico e assegurar um entendimento claro daquilo que serve como base para as finanças do cotidiano. Os seguintes pontos precisam ser compreendidos completamente para que qualquer discussão posterior seja válida:

•A real função do dinheiro
•Como dinheiro entra no seu bolso
•Como dinheiro sai do seu bolso

A real função do dinheiro

O dinheiro não vale nada. Talvez esse seja o conceito básico mais importante de finanças, porém é algo que poucos conseguem assimilar. Imaginaria-se que, agora que o mundo virtual está dominando todos os aspectos da nossa vida, seria mais fácil as pessoas entenderem que o dinheiro não vale nada, pois agora é possível passar muitos dias sem nem tocar em uma nota de dinheiro, utilizando apenas cartões de crédito e transferências pelo computador.  Mas não, as pessoas hoje dão mais valor ao dinheiro do que nunca. Existe um desejo espantoso pelo acumulo de riqueza em praticamente todas as culturas e sociedades.

Deixe a mente vagar agora, para fora da sua casa, para fora da sua cidade. Vá para o meio da natureza.

Você no meio da natureza perfeita


Você se encontra no meio de um floresta, longe de qualquer civilização. Aqui você teria comida e bebida em abundância. Com os recursos disponíveis você poderia construir uma cabana e confeccionar roupas. Você teria até ervas e plantas medicinais para se manter em um estado saudável. Você poderia construir uma família, passar todos os segundos do seu dia com ela e, eventualmente, morrer em paz, no meio da natureza.

Você nunca precisaria de dinheiro para viver neste contexto. Porém, o que faz você trabalhar a maior parte da sua vida para obter dinheiro? O que nos fez, como espécie, abandonar isso e nos submeter a típica situação em que nos encontramos, onde o dinheiro governa tudo e todos?

A resposta mais simples é conforto. A real função do dinheiro é prover conforto proporcional a quantidade de dinheiro disponível. Conforto, para efeito de alinhamento de definição, seria qualquer coisa que vai além do básico necessário para garantir a sobrevivência. Quanto mais dinheiro estiver disponível, maior será o número de confortos à disposição. Uma pessoa sem dinheiro algum não consegue adquirir conforto algum. A pessoa mais rica do mundo pode ter o conforto que ela desejar.

Como surgiu o desejo pelo conforto e, consequentemente, a criação do dinheiro, permitindo e facilitando a aquisição de confortos? Segue abaixo uma explicação verídica, totalmente viável e comprovada cientificamente e também por diversas religiões mundo afora.

Muito anos atrás existia um gafanhoto que adorava plantar e cultivar a terra.

Gafanhoto que adorava plantar


Seu vizinho era um gafanhoto que odiava cultivar a terra, por nunca conseguir boas colheitas, porém ele adorava pescar.

Seu vizinho que adorava pescar


Apesar de gostar muito de plantar e, seu vizinho, de pescar, eles não podiam viver apenas com aquilo que plantavam e pescavam. Então ambos plantavam e pescavam, abandonando suas preferências individuais. Um dia o gafanhoto que adorava plantar foi pescar com o gafanhoto que adorava pescar. No caminho até o rio, ele confessou ao seu vizinho que o sonho dele era plantar o dia todo e se tornar um fazendeiro. O gafanhoto que adorava pescar disse que odiava plantar e que o sonho dele era ser pescador.  Simultaneamente eles perceberam que seria possível cada um fazer aquilo que queria, tendo apenas que trocar o excesso do seu trabalho pelo excesso do trabalho do outro.

Depois desse dia, o gafanhoto fazendeiro apenas plantava e o gafanhoto pescador apenas pescava. E ao final de cada dia eles se encontravam para trocar os excessos do dia de trabalho. Assim eles foram muito felizes por muito tempo.

Ao viver dessa forma por alguns anos, o gafanhoto fazendeiro se tornou o melhor fazendeiro da aldeia, pois ele só fazia isto o dia todo, todos os dias. Ele descobriu novas formas de cultivo que permitiram fazer mais colheitas com maior aproveitamento. O gafanhoto pescador também se tornou o maior pescador da aldeia, criando novos anzóis e métodos que permitiam trazer cada vez mais peixes para casa.

Eventualmente eles começaram a produzir mais do que consumiam em conjunto. Como eles já tinham tudo que precisavam, decidiram que podiam entregar o excesso para os outros gafanhotos da aldeia em necessidade, desde que recebessem algo em troca. Porém, eles não teriam onde deixar as coisas que receberiam em troca, e seria difícil também transportar a mercadoria para outras aldeias, pois eles sabiam que um dia teriam mais vegetais e peixes que até mesmo a própria aldeia deles poderiam consumir. Eles então moldaram pedaços de metais e os marcaram dizendo quanto cada pedaço valia em termos de vegetais e peixes. Em seguida, abriram o primeiro banco da aldeia e começaram a utilizar suas moedas para comprar e vender diversos produtos e serviços dos outros gafanhotos.

Essas moedas eventualmente começaram a ser usadas em toda a aldeia e acabaram também se expandindo para as aldeias ao redor, pois outros gafanhotos começaram a se especializar em diversas atividades e a vender seus resultados excedentes.

Desde então, dinheiro tem permitido pessoas se especializarem e produzirem cada vez mais, gradualmente recebendo mais conforto em troca do seu trabalho. E ai chegamos no dia de hoje, onde o dinheiro permite comprar imensas casas, celulares, carros, passagens de avião, infinitas roupas, animais de estimação e tudo mais que você possa imaginar.

Como saber o que realmente é importante?


Lá atrás, as únicas coisas realmente necessárias eram vegetais e peixes. O crescente desejo por conforto resultou em todos os supérfluos que existem hoje. É importante nunca esquecer que o dinheiro é apenas o meio que permite adquirir conforto. Dinheiro não é necessário e não tem valor algum, por ser uma fabricação arbitraria de dois gafanhotos espertos muitos séculos atras. A quantidade de dinheiro necessária para cada indivíduo depende da quantidade de conforto desejada durante a vida.

Qualquer um sobreviveria sem dinheiro. Seria inevitável, porém, a perda de todos os confortos que o dinheiro proporciona, mas a sobrevivência em si não seria colocada em perigo. Através de ajuda social do governo, caridade da comunidade ou familiares, ou até mesmo voltando para a natureza, onde apenas vegetais e peixes seriam o suficiente, a sobrevivência estaria garantida, permitindo até mesmo atingir a felicidade plena, através de um ajuste nas expectativas e desejos.

O apego ao dinheiro é uma atitude completamente fútil. Seu valor é imaginário e manipulado por forças governamentais de acordo com seus próprios interesses. Uma estratégia financeira sólida, com um planejamento modesto para o acumulo de riqueza, é o suficiente para proporcionar felicidade financeira plena, sem nunca mais ser necessária a preocupação com dinheiro. Isso se chama independência financeira, um conceito a ser explorado em outra postagem.

Como dinheiro entra no seu bolso

O acumulo de capital acontece quando pelo menos uma destas três categorias está presente: trabalho, investimento e sorte. Ao possuir alguma habilidade especial e conseguir vender essa habilidade para um empresário ou cliente, torna-se possível acumular capital através do trabalho. Entendendo sobre investimentos e contando com a incrível magia dos juros compostos, o capital também aumenta. E, por fim, se existir muita sorte, como no caso de ganhar na loteria, heranças, doações, etc, também é possível aumentar o capital. Segue abaixo um diagrama resumindo este conceito, elaborado em uma iniciativa conjunta entre economistas de Harvard e pesquisadores do MIT:

O domínio das categorias de entrada de dinheiro


O trabalho é a forma mais simples, porém a mais brutal de acumular capital. Ele exige atenção constante, podendo ser através de esforço físico, mental ou ambos. É necessário ser a pessoa certa, na hora certa, no local certo para ser remunerado adequadamente pelo trabalho. Porém, o aspecto mais desumano do trabalho é que ele não depende apenas do trabalhador. Não existe meritocracia no conceito de trabalho. A pessoa pode ser o trabalhador mais espetacular que já exerceu aquele trabalho específico, porém não existirá remuneração se o trabalho não for valorizado por um empregador ou um cliente. É difícil, porém não impossível se tornar rico através do trabalho exclusivamente. Se o dinheiro adquirido através do trabalho não for investido adequadamente e se também não houver sorte, é altamente provável que ele não durará muito tempo e será necessário continuar trabalhando até o último dia de vida. Quantas pessoas vivem sem um "pé de meia"? Quantas estão contando com o sistema falido de aposentadoria brasileiro para sobreviver durante os últimos anos de vida? Muitas das pessoas que se enquadram nesta situação são/foram ótimos trabalhadores, porém isto não é o suficiente para garantir um futuro tranquilo.

A categoria de investimento, por sua vez, é repleta de meritocracia. Entendendo sobre investimentos e aplicando o dinheiro de maneira planejada e responsável, é possível facilmente multiplicar o capital. Obviamente, sempre existe a possibilidade de uma crise adiar a multiplicação, mas isso é temporário. Com o devido tempo de aplicação e disciplina, a multiplicação do capital é inevitável. Quando o dinheiro é investido, um enorme aliado entra para o time: os juros composto. A magia dos juros compostos será contemplada em uma postagem específica, pois há muito a falar sobre ela. Porém, como os economistas gostam de repetir, "there is no free lunch." Investimentos são ótimos para multiplicar um capital já existente, porém eles não contribuem em nada para o acumulo inicial de capital. O melhor investidor de todos os tempos pode se ver eternamente pobre se ele não tiver um dinheiro inicial para começar seus investimentos. Se ele conseguir apenas obter o suficiente de dinheiro para pagar suas contas ao final do mês, ele será para sempre um trabalhador.

Nicolau Maquiavel foi um dos maiores estrategistas que já viveu. Sua obra, O Príncipe, tem guiado líderes há seis séculos. Em sua obra, Maquiavel explicou que as ações e o sucesso do homem são governados por Virtù e Fortuna. Virtù é o conjunto dos nossos esforços e das nossa qualidades e engloba as duas categorias anteriores de trabalho e investimento. Fortuna, por sua vez, é a sorte ou as coisas que te influenciam, porém estão fora do seu controle. A sorte extrema te permite se tornar rico sem nunca ter trabalho e sem entender nada sobre investimentos. Sorte extrema é algo muito raro de acontecer e não pode ser completamente controlada. Na outra ponta do espectro temos o azar absoluto, que segura e prende independente das ações e vontades. Azar absoluto também é raro, talvez mais até do que a sorte extrema. Quase todos, porém, ficam em algum lugar no meio do espectro, onde a sorte as vezes favorece e as vezes prejudica. Uma pessoa com Virtù elevada tende a não ser abalada em tempos de Fortuna escassa. Porém, quando uma pessoa com Virtù elevada se depara com Fortuna abundante, ela consegue decolar no sucesso, dando grandes passos em direção aos seus objetivos. A sorte deve ser vista como um atalho, nunca sendo o caminho principal, o ponto de partida ou o objetivo final de qualquer ação.

Aquele que consegue unificar as três categorias se torna um deus na terra, comandando imensas riquezas e poderes. Nada consegue impedir uma pessoa determinada e habilidosa nestas três categorias de acumulo de capital. 

Como dinheiro sai do seu bolso

Qualquer dinheiro acumulado pode ser gasto de duas maneiras: intencionalmente e não intencionalmente. O gasto de dinheiro intencional ocorre sempre que algo é comprado conscientemente, com o objetivo de suprir alguma necessidade ou obter algum conforto que o comprador julga ser importante. O gasto de dinheiro não intencional ocorre, da maneira mais óbvia, quando o dinheiro é reduzido via roubo ou perda. De maneira menos óbvia, o gasto de dinheiro não intencional envolve também a perda de dinheiro em inúmeras outras maneiras que passam despercebidas, estando aqui uma grande parte das perdas financeiras.

O gasto intencional de dinheiro envolve a compra de bens ou serviços importantes para o comprador. Cada pessoa possui parâmetros específicos que determinam a necessidade e importância dos bens e serviços ao seu redor. Esses parâmetros são definidos por gostos pessoais e também pela influência de forças externas que estimulam o consumo (marketing, publicidade, propagandas, etc). Quão mais simples forem os gostos pessoais, menores serão os gastos intencionais. Um gafanhoto que se contenta com uma casa modesta e um carro simples terá menos gastos na vida que um gafanhoto com gostos e desejos "refinados".


Um estilo de vida simples, gera imensa riqueza no longo prazo


Os gastos intencionais influenciados por forças externas podem também ser reduzidos através de duas maneiras. A primeira envolve reduzir o tempo de exposição às forças externas, vendo menos televisão (que possui uma frequência elevadíssima de propagandas), lendo menos revistas (a maioria possui mais páginas de propaganda do que de informações úteis), não utilizando centros de compras (shoppings) como locais de passeio, entre outros. A internet pode ser uma grande aliada nesta batalha, pois ela possibilita obter conteúdo direcionado, com pouca exposição aos estímulos externos de compra, através de serviços como o Google, Wikipédia, Netflix, Spotify, blogs, etc. A segunda maneira de reduzir gastos intencionais influenciados por forças externas envolve desenvolver uma resistência de ferro, que te torna imune a maioria das propagandas. Ao possuir auto conhecimento e auto confiança elevados, as forças externas automaticamente possuem menos poder sobre os desejos e vontades. A resistência de ferro é definitivamente o fator mais importante para controlar os gastos intencionais. Ela é como um músculo, que se torna mais forte cada vez que é utilizada. Se for pouco utilizada, ela terá pouca força para resistir às influências externas. Porém, se ela for utilizada diariamente, tanto para pequenas quanto para grandes vontades, ela se torna um cavaleiro de ferro, protegendo e destruindo todas as forças externas do mal que tentam se aproximar.


Resistência de ferro combatendo o mal


O gasto de dinheiro não intencional é mais difícil de observar e reconhecer. Este tipo de gasto é como um verme que se infiltra no organismo e o corrói por dentro, sugando sua energia gradualmente ao longo de muitos anos ou até mesmo durante toda a sua vida. Gastos não intencionais são aqueles que passam despercebidos devido a crença de que são inevitáveis e imutáveis. 

Um exemplo disso são os impostos. O Brasil é um dos países com o menor retorno para os impostos recolhidos da população. A falta de segurança, hospitais modernos, escolas, transporte público, vias de transporte, etc, são precários em qualquer parte do território nacional, mesmo com uma arrecadação extremamente elevada de todos os cidadãos. Mas os impostos são inevitáveis e imutáveis, certo? Não necessariamente. Sempre é possível mudar de país, buscando um lugar mais adequado ás necessidades individuais. Os impostos são inevitáveis e imutáveis em qualquer país do mundo, porém muitos oferecem um retorno proporcional ao que é arrecadado. Viver em qualquer país envolve um gasto não intencional através do recolhimento de impostos, porém cabe a cada pessoa decidir se o retorno que está tendo do governo é compatível com o que está sendo pago via impostos.

Outro exemplo é a depreciação dos bens. Praticamente todos os bens adquiridos perdem valor ao longo do tempo, fazendo o dinheiro evaporar gradualmente. O gasto intencional ao comprar um smartphone novo é explícito, pois está na etiqueta do produto ou no anuncio na internet. O gasto não intencional é a desvalorização de 50% que ocorre após apenas um ano. Se o mesmo smartphone fosse comprado usado um ano após o seu lançamento, seria o mesmo smartphone, com as mesmas funcionalidades, porém com um custo intencional 50% menor e um custo não intencional de apenas 25% (smartphones tendem a depreciar "apenas" 25% no segundo ano). Carros seguem um raciocínio similar, porém eles serão discutidos específicamente em uma postagem futura, por ser um tópico extenso. Praticamente todos os produtos comprados possuem dois gastos: o intencional do momento da compra e o não intencional resultado da depreciação gradual ao longo do tempo.

Um último exemplo de um grande gasto não intencional está relacionado com a compra de um imóvel. Ao comprar um imóvel, existe um gasto intencional que é o preço pago pelo imóvel em si. Os impostos, manutenção e seguro residencial são também gastos intencionais. O gasto não intencional, porém, está no fato de que quando um imóvel é adquirido, o comprador está adquirindo o imóvel e também a região do imóvel. O custo dos bens e serviços da região onde o imóvel está localizado é definitivamente um gasto não intencional. O preço da gasolina, dos produtos no mercado, dos prestadores de serviços e todo o resto, são todos determinados por região. Regiões mais nobres terão, em geral, produtos e serviços mais caros. Regiões mais humildes terão, em geral, produtos e serviços mais baratos.

Cada compra feita deve ser refletiva cuidadosamente, independente do valor, buscando entender os gastos intencionais e não intencionais envolvidos e a real necessidade ou importância da transação.

Maximize a entrada de dinheiro e minimize a saída

Para maximizar a entrada de dinheiro, basta otimizar as três categorias de acumulo de capital. A primeira, o trabalho, pode ser otimizada através de formações, especializações e conhecimentos que destacam as habilidades em relação aos demais trabalhadores que atuam na mesma área. Ao se destacar em relação aos demais, uma maior remuneração será a consequência inevitável ao longo do tempo. A segunda, o investimento, deve ser otimizada através do aprendizado e constante atualização sobre finanças, economia e um acompanhamento frequente do mercado, novos estudos e publicações (livros, artigos, etc) sobre o ambiente micro e macro econômico. A terceira, a sorte, é um fator externo que proporciona enormes vantagens para os que estão preparados para recebê-la, portanto é importante sempre haver um preparo para uma eventual virada do destino que abrirá portas nunca previamente imaginadas (estas viradas do destino, apesar de raras, acontecem sim algumas vezes ao longo da vida).

Para minimizar a saída do dinheiro, é necessário reduzir os gastos intencionais, através de necessidades e gostos mais modestos, percebendo o desperdício de cobiçar sempre o melhor, maior e mais atualizado, ainda mais no cenário atual, onde uma nova tecnologia entra no mercado a cada seis meses. Os gastos intencionais podem ser reduzidos também de maneira significante através da minimização da exposição a forças externas que estimulam as compras através da utilização da internet para obter exatamente o conteúdo desejado. O principal aliado, porém, na redução dos gastos intencionais é a resistência de ferro, que age como um cavaleiro de ferro protetor que ganha poder cada vez que ele ajuda a combater uma força externa do mal. Os gastos não intencionais são aqueles que corroem o poder de compra gradualmente e de maneira despercebida. Ao adquirir um produto ou serviço, o comprador deve sempre estar atento aos gastos intencionais e não intencionais associados.

Ao maximizar a entrada e minimizar a saída do dinheiro, qualquer pessoa consegue se tornar rica em relativamente pouco tempo. Esta é a chave para um planejamento financeiro bem sucedido, para uma aposentadoria antecipada e para uma vida sem preocupações monetárias. Veja a postagem Gastar menos e ganhar mais com todos os detalhes sobre como maximizar as entradas e minimar as saídas.

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Que seu patrimônio se multiplique até acabar! Que sua vida seja eterna enquanto durar!

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